segunda-feira, 30 de maio de 2011

meus fichamentos

1º fichamento


SOARES DE LIMA ,A.A; et al. Conhecimento de alunos universitários sobre câncer bucal. Revista Brasileira de Cancerologia 2005; 51(4): 238-288.


 Os fatores de risco para o câncer bucal pode ser facilmente detectada durante a anamnese e geralmente estão ligados ao estilo de vida do individuo. Trata-se de uma doença crônica multifatorial, resultante da interação dos fatores Etiológicos que afetam os processos de controle da proliferação e crescimento celular. Os principais fatores etiológicos são fumo, álcool, radiação solar, dieta, microrganismos e Deficiência imunológica. Em 80% dos casos, o câncer bucal está relacionado com causas ambientais, portanto, quase sempre poderia ser evitado. Dessa forma, estima-se que 30% das mortes estejam relacionadas ao tabagismo, 35% aos hábitos alimentares e os 35% restantes a outros fatores, tais como: vírus ontogênicos, agentes químicos cancerígenos ocupacionais, exposição às radiações ionizantes, carências nutricionais e uso de hormônios.
O câncer bucal, geralmente, é assintomático nos seus estágios iniciais, podendo mimetizar condições benigna comuns da boca. Em geral, na maioria dos casos, a detecção do câncer de boca acontece tardiamente. Na ocasião do diagnóstico, a doença já se encontra em estágio considerado avançado.
Esse estudo avaliou o nível de conhecimento, de estudantes universitários da cidade de Curitiba/PR sobre câncer bucal e os fatores causais. A amostra constituiu-se de 300 universitários, maiores de 18 anos de idade, de ambos os sexos e escolhidos aleatoriamente. Um questionário específico com perguntas abertas e fechadas foi empregado. Os dados obtidos demonstraram que desses 300 entrevistados, 259 (86,3%) responderam saber que o câncer poderia ocorrer na boca e cerca de 120 (39%) afirmaram que conheciam a existência de lesões cancerizáveis. O tabagismo (69,3%), a falta de higiene bucal (20,3%) e as radiações (10,6%) foram os prováveis fatores de risco mais apontados. O álcool que é considerado um agente promotor foi considerado como fator causal da doença por apenas 22 (8%) entrevistados. Quanto ao tratamento, um total de 113 (37,6%) procuraria o cirurgião-dentista se suspeitasse de câncer na boca. Esse trabalho demonstrou que uma parcela representativa da população universitária sabe que o câncer pode acometer a boca e que o tabagismo é um dos fatores de risco, entretanto, desconhecem o papel do álcool. Esses achados reforçam a necessidade de implementação de medidas preventivas visando à divulgação dos reais fatores de risco para o câncer bucal.


2° fichamento

DANIEL, F.I; et al. Carcinoma de células escamosas em rebordo alveolar inferior: diagnóstico e tratamento odontológico de suporte.

O carcinoma epidermóide é a neoplasia maligna mais comum de cavidade oral e estruturas adjacentes. Apresenta maior incidência no gênero masculino, após a quarta década de vida, e tem como principais fatores etiológicos os usos crônicos de tabaco e álcool. Neste trabalho é relatado um caso de carcinoma De células escamosas do rebordo alveolar inferior, que não é uma região preferencial para esse tipo de patologia. Também é discutida a importância do cirurgião-dentista na equipe de profissionais que assiste esses pacientes, tanto no diagnóstico precoce quanto no manejo das alterações estomatológicas advindas da terapia antineoplásica.
No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), estimou-se que no ano de 2005 ocorreriam em torno de 13 mil novos casos de câncer de cavidade bucal. É considerado o oitavo tumor mais prevalente entre os homens e o nono entre as mulheres.Tabaco e o álcool têm sido apontados como seus principais agentes causadores, pois apresentam efeito sinérgico, agindo, respectivamente, como iniciadores e promotores da carcinogêneas. O risco de indivíduos fumantes desenvolverem CEC oral é proporcional à quantidade e ao tempo de uso do cigarro. Além disso, os efeitos do álcool no organismo resultam da sua propriedade de irritar a mucosa e da sua capacidade de atuar como solvente de carcinógenos, especialmente os existentes no tabaco.
O tratamento do câncer de boca pode ser realizadas através de cirurgia, radioterapia, ou ambas. A radioterapia exclusiva pode ser indicada em pacientes considerados inoperáveis devido à grande extensão do tumor, paliativamente, como no caso relatado. A quimioterapia também pode ser associada como tratamento adjuvante nos casosavançados.
O diagnóstico precoce continua sendo o principal fator prognóstico determinante para o tratamento do câncer de boca. A adequação bucal realizada antes de o paciente iniciar a radioterapia e a quimioterapia reduziu a probabilidade de ocorrências das alterações estomatológicas, permitindo melhor qualidade de vida.



3° fichamento


MARTINS, M.A.T; et al. Avaliação do conhecimento sobre o câncer
Bucal entre universitários. Rev. Bras. Cir. Cabeça Pescoço, v. 37, nº 4, p. 191 - 197 outubro /novembro / dezembro 2008.


O câncer oral é uma doença de alta incidência no mundo e que vem sendo considerada como problema de saúde pública. A prevenção e o diagnóstico precoce constituem as melhores formas de reverter essa situação. Tem como objetivo  avaliar o nível de conhecimento de uma população de universitários de odontologia sobre o câncer de boca  foi aplicado um questionário contendo 37 questões para 148 alunos de Odontologia. Após a coleta, foi confeccionada uma planilha no programa de computador Excel (Microsoft). Foram comparadas as porcentagens de acerto entre os anos (teste qui-quadrado de tendência) e verificada a consistência e coerência (coeficiente de Cronbach) com nível de significância de 5% ou calculado o p-valor correspondente. As análises foram feitas utilizando-se o programa  SAS for Windows, v.9.1.3. O valor do de Cronbach para o questionário foi de 0,7681, considerado o instrumento consistente e coerente, tornando-o um método adequado para avaliação do nível de conhecimento sobre o câncer bucal. Na análise individual das questões, notou-se que, mesmo havendo diferença significativa entre algumas respostas corretas entre os anos, isso não significa que, com o passar do tempo, a Porcentagem de acertos aumente. Quanto ao conhecimento sobre o câncer bucal, notou-se maior nível de acerto nos alunos de 3º e 4º ano. Os alunos demonstram alto índice de acertos quanto ao conhecimento sobre os fatores de risco do câncer bucal. Para melhorar esse nível de conhecimento dos alunos sobre o câncer bucal, faz-se necessário um programa universitário de prevenção de câncer bucal envolvendo os alunos de todos os anos do curso.
Na cavidade oral, o carcinoma espinocelular é responsável por cerca de 90% das neoplasias malignas e está entre os tipos de câncer mais frequentes nos seres humanos. A incidência de câncer oral no Brasil é considerada uma das mais altas do mundo, estando entre os seis tipos de câncer mais comuns que acometem o gênero masculino e entre os oito mais comuns que atingem o feminino, sendo que 50% dos pacientes morrem antes de cinco anos após o diagnóstico inicial21. Acomete principalmente indivíduos do gênero masculino e acima de 40 anos, apresentando um comportamento agressivo, metastatização cervical precoce e, com frequência, contralateral, já que em orofaringe os vasos linfáticos cruzam alinha média.



4° fichamento


QUIRINO, M.R. S; eT al. Avaliação do conhecimento sobre o câncer de boca entre participantes de campanha para prevenção e  Diagnóstico precoce da doença em Taubaté – SP. Revista de Odontologia da UNESP. 2006; 35(4): 327-333.


Sendo o câncer bucal problema de saúde pública, é importante que a população saiba sobre os fatores de risco e como preveni-lo. Objetivou-se avaliar o conhecimento dos participantes da Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal, em Taubaté - SP, Brasil, nos anos de 2001, 2003 e 2005, por meio de questionários abordando causas, características e modos de prevenção. Os dados foram comparados pela técnica do intervalo de confiança e pelo teste do qui-quadrado (5%), com correção de Bonferroni. No total, foram distribuídos e respondidos 899 questionários. A porcentagem de pessoas que relataram saber as causas da doença variou de 32,68 a 40,52%. Apenas 39,10% dos respondentes de 2005 procurariam o dentista em caso de suspeita de câncer bucal, diferindo estatisticamente do encontrado nos demais anos (59,70 e 68,04%). Em 2001, somente 16,52% dos entrevistados referiram saber o que é auto-exame bucal, estatisticamente diferente do ocorrido em 2003 (31,97%) e sem diferença em relação a 2005 (22%). A presença de ferida foi a situação mais associada ao câncer. No período, não houve, em Geral, melhoria no conhecimento da população sobre o assunto. Apesar dos esforços da odontologia para a conscientização da população sobre câncer bucal, ainda há muito que ser feito.
Se durante o exame clínico foi constatada alguma alteração ou necessidade de tratamento, os pacientes foram orientados e encaminhados para o Departamento de Odontologia da UNITAU.
Um total de 899 pessoas respondeu ao questionário nos três anos, sendo 572 em 2001, 174 em 2003 e 153 em 2005.Como o questionário foi auto-aplicável, vários participantes deixaram de responder algumas perguntas, e as proporções apresentadas a seguir foram calculadas com base no número de respostas a cada questão, e não em relação ao número total de participantes. O número de indivíduos que participaram da pesquisa em 2001 foi mais que o triplo do que o encontrado em 2003.Isso se deve ao fato de, no primeiro ano, a campanha ter sido realizada na praça central de Taubaté e também nos postos de atendimento médico e odontológico da cidade, abrangendo.Um maior número de pessoas nos anos seguintes, devido a dificuldades operacionais, a campanha restringiu-se à região central da cidade, com redução do número de pessoas beneficiadas. A maior participação feminina no ano em que a campanha aconteceu também em bairros mais afastados pode estar relacionada à participação significante de donas-de-casa com possibilidade de comparecer ao local, em horário comercial, no qual a campanha se processava.


5° fichamento


       
KIGNEL, S; BIRMAN, E.G. ASPECTOS FÚNGICOS DO CÂNCER BUCAL. Revista Brasileira de Cancerologia, 2000, 46(3): 279-82


Tendo em mente os aspectos relacionados à presença de fungos e seu discutível papel em relação ao câncer bucal avaliou-se 33 pacientes fumantes e etilistas crônicos, livres de qualquer.Tratamento antineoplásico ou antifúngico, com carcinoma epidermóide da mucosa bucal em estádio T1N0M0 ou T2N0M0. Após exame clínico local, foram realizadas coleta, cultura e identificação de fungos, observando-se, no grupo em estudo, predominância do sexo masculino e presença de lesões do tipo ulcerativo, localizadas, principalmente, no assoalho bucal e, em menor número, em outras áreas. Dos 42 pacientes, 4% eram portadores de fungos, destacando-se a presença de Candida albicans, além de outras seis espécies, ora associadas ora isoladas. Lesões clínicas sugestivas de candidíase pseudo-membranosa ou eritematosa não foram detectadas. Mesmo frente à ausência de manifestações clínicas de candidíase, é necessário lembrar que mudanças podem ocorrer em face do desenvolvimento de neoplasia, tratamento instituído ou mesmo condições imunológicas, facilitando a seletividade, colonização e desenvolvimento patogênico dos fungos, merecendo esta paciente atenção e cuidados frente aos aspectos micológicos envolvidos.
Estudos em pacientes com câncer bucal em fases mais adiantadas, quando a imunodepressão é mais acentuada ou ainda frente à quimioterapia, radioterapia e até mesmo após o tratamento, têm demonstrado uma maior frequência de fungos, como também maior variedade de espécies e de associações presentes. Os fatores imunológicos atuantes modificam a relação hospedeira parasita, Observando-se que em áreas neoplásicas, como também nas chamadas leucopatias, têm sido observadas boas condições de colonização e desenvolvimento de fungos.
O estudo dos fungos principalmente quanto aos bi sorotipos, sua morfologia, e produção de enzimas, caracterizam aspectos de tipagem que até agora não puderam constituir um sinalizador da associação fúngica com o desenvolvimento da neoplasia. Questiona-se também, se o tratamento da
neoplasia e o desenvolvimento das lesões fúngicas não teriam uma relação causa-efeito, uma vez que todas as modificações locais e sistêmicas que se estabelecem com o avançar da neoplasia e ou progressão do tratamento, propiciariam estas condições. Sendo assim devem ser consideradas, além da ação do fumo e da bebida, as alterações da mucosa como também o papel dos fungos, dada a sua Importância, decorrente do seu alto poder de nitrosação na possível transformação maligna, Ainda não totalmente elucidada. Assim, a ação fúngica, deve ser melhor avaliada quanto ao seu papel, mesmo que coadjuvante na etiologia das neoplasias bucais.


6° fichamento

SPARA, L; SPARA, A; COSTA, A.G. Achados epidemiológicos de câncer da cavidade oral em hospital de referência avaliado no período de 1980-2003.  Odontologia. Clín.-Científ, Recife, 4 (3): 177-183, set/dez., 2005.



 Avaliar os fatores epidemiológicos relacionados ao câncer de boca no Hospital Univer­sitário de Santa Maria, no período de 1980 a 2003. Foram analisados retrospectiva­mente 216 prontuários de pacientes com câncer de cavidade bucal, relacionando este diagnóstico com as seguintes variáveis: cor, sexo, idade, procedência, local da lesão, sintomatologia, presença de fatores de risco (tabagismo, etilismo e uso de prótese bucal), bem como o tipo histológico dos tumores e os procedimentos terapêuticos empregados. Esse estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Em Pesquisa do Hospital Universitário de Santa Maria. A faixa etária predominante foi entre 51 e 60 anos, sendo esta patologia mais freqüente na raça branca e o sexo masculino. Sobre os fatores de risco, observou-se que a maioria dos pacientes era tabagistas (79,62%) ,seguido de etilistas (53,24%) e usuários de prótese (36,57%). O local predominante foi a língua (38,89%), seguida do lábio (33,34%), assoalho da boca (17,59%) e gengiva (4,16%). O tipo histológico predominante foi o carcinoma de células escamosas ou epidermóide, com 203 casos (93,98%).
A terapêutica mais empregada foi cirurgia associada à radioterapia (48,14%), seguida da cirurgia isolada (36,58%) e radioterapia (12,96%). O tipo histológico mais frequente é o carcinoma de células escamosas, com prevalência em paciente da raça branca, sexo masculino e idade entre 51 e 60 anos. O fator de risco mais preponderante é o tabagismo e o tratamento de maior eficácia é a cirurgia associada à radioterapia.
Deve-se salientar a importância da cooperação de profissionais de diversas áreas: oncologis­tas, cirurgiões, cirurgiões-dentistas, radioterapeutas, psicólogos, entre outros, para o sucesso do tratamento dessas neoplasias. A morbimortalidade associada ao câncer da cavidade oral pode e deve ser reduzida. No entanto, para isso é imprescindível à promoção de pro­gramas de prevenção eficientes. Conjuntamente, faz-se necessário a educação dos pacientes e da equipe de saúde para a estimulação da redução dos fatores de risco, bem como o reconhecimento precoce de lesões pré-malignas, a fim de que se possa estabelecer seu atendimento adequado.
Finalmente, os dados analisados pretendem de­monstrar aspectos epidemiológicos dos pacientes que apresentam câncer de boca, bem como alertar o pro­fissional da saúde para a realização rotineira do exame da cavidade oral a fim de diagnosticar precocemente as lesões, uma vez que o diagnóstico na fase inicial da doença, combinado ao tratamento adequado, parece ser o método mais eficaz para o controle do câncer bucal.





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