segunda-feira, 30 de maio de 2011


Faculdade Leão Sampaio
Unidade Saúde




DESAFIO INTEGRADO
ODONTOLOGIA





ALUNA: Lara Milena Muniz Viera
Odontologia 105.1
Juazeiro do Norte - Ce
30 de Maio de 2011



Anatomia

A glândula Muniz é um órgão abdominal que está localizado entre a região hipogástrica e hipocondríaca direita. O Muniz tem 1cm de comprimento, 0,5cm de espessura na porção superior(corpo) e 0,3cm na porção inferior(ducto) e pesa aproximadamente 2µg.
A glândula Muniz está situada acima do pâncreas na sua porção anterossuperior do corpo e fica logo atrás do fígado na parte superior do seu lóbulo esquerdo.
Recebe irrigação sanguínea das artérias mesentéricas e drenam para as veias mesentéricas.
Ele é constituído por duas regiões: o corpo localizado na parte superior e a região do ducto compondo a parte inferior. Ligando o ducto celutor à glândula existe um orifício chamado de óstio interno celutor, ligando o ducto celutor ao estômago existe outro orifício chamado de óstio externo celutor.

Histologia

O Muniz é uma glândula exócrina, pois secreta a substância para o meio externo neste caso o estômago. É um órgão auxiliar do sistema digestório que está ligado ao estômago, através do Ducto Celutor, o qual desemboca na curvatura menor através do óstio celutor externo, lançando uma enzima inativa chamada de celunogênio, a qual ao entrar em contato com o suco gástrico do estômago tornando-se ativa e posteriormente começa a agir na molécula da celulose até quebra-la.
Distingue-se em duas regiões: a região do corpo que a parte superior e a região do ducto compondo a parte inferior.
Em toda a região do corpo do MUNIZ, o epitélio glandular é igual e constituído por células prismáticas secretoras de muco. Apresenta o tecido epitelial glandular acinoso, o qual apresenta canalículos que irão confluir para um canal maior e mais calibroso (ducto celutor). Na região do ducto celutor, encontra-se o tecido epitelial colunar com a presença de células caliciformes. Existe uma serosa revestindo este órgão dando-lhe proteção, e responsável pela sustentação e pela nutrição deste órgão existe o tecido conjuntivo frouxo revestindo o seu epitélio.

Embriologia

 A glândula Muniz se origina a partir do segundo folheto embrionário denominado mesoderma.
Durante a 4ª semana, o estômago aparece sob a forma de uma dilatação fusiforme do intestino anterior. Ao longo das semanas seguintes, seu aspecto e posição se alteram muito e durante os primeiros 2 meses, a face dorsal do estômago cresce mais rapidamente que a ventral, originando a grande curvatura gástrica. Na face ventral, a qual origina a pequena curvatura gástrica, por influência do hormônio GMH (glandulina munizônina humana), as células se diferenciam, tornando-se células prismáticas na parte do corpo e colunares na região do ducto. Essas células se evaginam e formam a glândula Muniz. A parte celular que fica em contato com o estômago assume uma organização diferenciada formando o ducto e na parte distal forma-se o corpo.

Bioquímica

A glândula Muniz tem como função produzir e armazenar a enzima inativa celunogênio, está é inativa para não causar nenhum dano ao próprio órgão como, por exemplo, desnaturando as suas próprias células e está relacionado com o metabolismo da celulose.
Mecanismo
Glândula Muniz
        CELUNOGÊNIO             ®        SUCO GÁSTRICO (PH ESTOMACAL)
       (Enzima inativa)                                        (PH ÁCIDO)                                  
                                                                                     ¯
       CELUNOGENASE            ¬           PH ESTOMACAL (ÁCIDO)
        (Enzima ativa)          
                   ¯
   QUEBRA DA CELULOSE     ®         INICIO DA DIGESTÃO DA CELULOSE





Ao ingerir um alimento que contem celulose a enzima inativa celunogênio que fica armazenada na glândula Muniz é transportada até o ducto celutor e posteriormente liberada pelo óstio externo celutor e depois lançada no estômago. Ao entrar em contato com o suco gástrico o qual apresenta um PH ácido a enzima se transforma em celunogenase sendo esta ativa, agindo na molécula da celulose quebrando-as. Após a quebra da celulose, as partículas quebradas podem ser utilizadas no ciclo de Krebs pela forma de energia (ATP).

Genética

A glândula Muniz possui um gene especial chamado de gene ativador. Este gene é responsável pela ativação e inativação da enzima que atua no órgão.
Ao ingerirmos algum alimento contendo celulose o nosso sistema nervoso recebe a informação de que a enzima vai precisar ser liberada para agir no estômago, sendo assim, o gene ativador recebe o comando do sistema nervoso e ativa a enzima. Quando a enzima se encontra inativa na glândula Muniz, diz-se que o gene ativador também recebeu o comando do sistema nervoso, só que agora a informação é de que a enzima não precisa ser liberada, pois não há nenhuma ingestão da celulose.
A glândula Muniz apresenta uma herança genética autossômica. Esta glândula se desenvolveu a partir da formação do estômago, no momento da diferenciação da face ventral a qual originou a pequena curvatura do estômago, suas células se diferenciam em células colunares e prismáticas formando assim a parte proximal que corresponde à região do ducto e a parte distal correspondente ao corpo da glândula Muniz respectivamente, formando assim um contato entre os dois órgãos glândula Muniz e estômago. Como o gene recebe o comando do sistema nervoso, se este estiver sobre a ação de uma mutação ele pode ativar ou não inativar a enzima ao comando correto causando danos no funcionamento do órgão ou até mesmo em sua própria estrutura celular, por exemplo: se o gene recebeu o comando para ativar a enzima e este gene é um gene mutante ele tornará a enzima inativa e as moléculas de celulose não serão quebradas. E se o gene recebe o comando para inativar a enzima o gene agiria ao contrário, ativaria a enzima, só que como não ocorreu a ingestão da celulose a enzima não foi liberada para agir no estômago. Estando esta ativa dentro do órgão pode danificar as células do próprio órgão causando uma má formação na estrutura do seu epitélio ou até mesmo no funcionamento celular.


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