terça-feira, 31 de maio de 2011

meus fichamentos


9° fichamento

PRADO, B.N; PASSARELLI, D.H.C. UMA NOVA VISÃO SOBRE PREVENÇÃO DO CÂNCER BUCAL NO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO. Revista de Odontologia da Universidade Cidade de São Paulo 2009 jan-abr; 21(1): 79-85.

A luta contra o câncer vem aumentando e não pode ser diferente no consultório odontológico.
Em muitos casos, o cirurgião-dentista é o primeiro profissional a suspeitar e diagnosticar o câncer de boca; no entanto poucos dentistas atuam na sua prevenção do mesmo. O cirurgião-dentista, para efetuar a prevenção do câncer bucal, deve sempre orientar, discutir e incentivar.
O paciente quanto à cessação do ato de fumar, o consumo moderado de bebidas alcoólicas, alimentação saudável, uma higiene bucal satisfatória e problemas com a exposição.
Solar, além de diagnosticar e tratar precocemente as lesões pré-câncer, eliminar fatores irritantes na mucosa bucal além de orientar o paciente a fazer o autoexame da boca regularmente.
O câncer bucal diagnosticado em seu estágio inicial pode ser curado em grande número dos casos, nos casos mais avançados a chance de cura é praticamente nula. Nos casos de câncer bucal em estágio inicial, o paciente não refere quase nenhum tipo de dor.
Fatores de risco que devem ser identificados, discutidos e eliminados são: o tabaco, o qual está sendo a principal causa do câncer de pulmão, laringe, faringe, estômago, pâncreas, bexiga e boca; o álcool, que de forma crônica em contado com a mucosa, o álcool age como um solvente, expondo a mucosa a inúmeros fatores carcinogênicos, diminui a velocidade de reação.
Da defesa do organismo e provoca injúria celular. O álcool está relacionado diretamente com o aumento do desenvolvimento do CEC de boca quanto à intensidade, quantidade e qualidade de duração do vício de etilismo e tabagismo; portanto maior é o risco, quanto maior o número de doses de bebidas e quantidade de cigarros consumidos;exposição solar,a qual A exposição aos raios ultravioleta (UV) causa sérios danos celulares tanto no epitélio quanto no tecido conjuntivo subjacente, e a excessiva exposição dos raios em contato direto com o lábio inferior aumenta o risco de desenvolver carcinoma. Os indivíduos que sofrem exposição solar diariamente devem sempre utilizar protetores solares, protetores labiais, chapéus e óculos de sol, devendo evitar o sol, principalmente das nove às dezessete horas. Há evidências de que a incidência de luz solar está associada ao aumento de câncer em lábios, segundo o INCA; Adequação do meio bucal; Imunodeficiência; Lesões pré-câncer e orientar o auto exame.
Conclui-se que Os fatores de risco associados aumentam a possibilidade da ocorrência de neoplasias malignas na cavidade bucal, porém fatores de risco isolados também devem ser considerados. A prática do autoexame e as visitas regulares ao cirurgião-dentista a cada seis meses aumentam a possibilidade de um diagnóstico precoce. Além disso, é de responsabilidade do profissional a orientação em relação à diminuição e possível suspensão dos fatores de risco, Incluindo-se tabaco, álcool e radiações solares.
O cirurgião-dentista deve estar apto a prevenir e diagnosticar o câncer bucal em seu consultório odontológico, ter conhecimento abrangente em relação aos itens citados para prevenção do câncer bucal e ter uma postura de veracidade e confiança perante o paciente. Tendo em vista qualquer alteração da mucosa bucal que fuja do padrão de normalidade, observado pelo paciente, o primeiro profissional indicado para diagnóstico deverá ser o cirurgião-dentista.


10° fichamento


CARIBÉ DE ARAÚJO, S.S; PADILHA, D.M. P; BALDISSEROTTO, J. Avaliação da condição de saúde bucal e da qualidade de vida de pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos em um hospital publica de Porto Alegre. Revista Brasileira de Cancerologia 2009; 55(2): 129-138.


A avaliação da Qualidade de Vida (QV) na Oncologia pode auxiliar na decisão sobre a efetividade do tratamento, melhorar a tomada de decisão do paciente através do esclarecimento dos efeitos colaterais do tratamento, servir como fator prognóstico para analisar os sintomas e/ou as necessidades de reabilitação, identificar os aspectos de impacto na sobrevida dos pacientes, a estimativa de custo-efetividade (auxilia na decisão de onde e quando investir os recursos existentes),
melhorar a organização e a qualidade do cuidado, o desenvolvimento e a regulamentação de medicações, conhecer as prioridades dos pacientes.
O delineamento deste estudo é quantitativo, observacional do tipo longitudinal, pois foram feitas duas avaliações prospectivas. A investigação foi realizada no setor de Oncologia do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A população-alvo foi constituída de 30 pacientes com o diagnóstico histopatológico de câncer nas regiões de cabeça e pescoço. Critérios de inclusão: pacientes portadores de tumor primário e não submetidos a tratamento oncológico até o momento da primeira entrevista.
Os dados foram analisados através do cálculo dos escores obtidos pela resposta a cada item dos questionários do estudo seguindo o manual da EORTC.
O perfil da amostra deste estudo foi composto de 25 homens; 67% dos pacientes examinados tinham entre 50 e 60 anos; e a média de idade foi de 59 anos. A maioria dos pacientes (90%) cursou até o primeiro grau, sendo que 53,3% recebiam até um salário mínimo. Em relação ao estado civil, 19 pacientes relataram viver com um companheiro, 90% dos entrevistados trabalhavam como autônomo ou estavam aposentados.
A amostra deste estudo constou de 30 pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no ambulatório de Oncologia do HNSC, nos períodos de maio a agosto de 2004. Essa amostra condiz com a média mensal de 36 pacientes tratados para cabeça e pescoço no ano de 2001 nos seis centros de tratamento oncológico do Sistema Único de Saúde (SUS) em Porto Alegre-RS, Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON).
Todos os profissionais de saúde da equipe oncológica, inclusive o cirurgião-dentista, deveriam ser capacitados para aconselhamento informal dos pacientes e para encaminhá-los ao especialista quando necessário. A literatura é unânime em afirmar o papel de uma equipe de saúde multidisciplinar no cuidado e suporte ao paciente oncológico e sua família, sendo assim é necessária a investigação da qualidade de vida dos pacientes que apresentam a doença.

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